Já disse que deveria ter postado isso há tempos. Mas preciso começar de algum ponto, certo?

A espera pela conclusão do processo de financiamento de nosso lar foi um pouco tensa, posto que não queria gastar minhas férias de Dezembro/2008 a Fevereiro/2009 na casa de meus pais. Acabei tendo de esperar na casa de mamãe, durante um excelente verão. Morosidade, segundo o responsável do banco, relacionada ao recesso dos cartórios. Mas no início de Março/2009, assinei os papéis e, no fim de semana seguinte, começamos a limpeza...

Todo imóvel requer um bom trato antes que se estabeleça moradia - fato que ficou mais nítido após gastar um dia todo prestando atenção em detalhes que não eram tão visíveis quando da visita guiada pelo corretor. Parece que certos defeitos só aparecem quando já se está morando no lugar. Pequenas infiltrações, rachaduras, móveis embolorados, rejunte velho, gabinetes pedindo verniz, resquícios de pintura antiga em azulejos... sem contar pelo acabamento final: a pintura. Por sorte, uma de minhas cunhadas ofereceu-se para o ofício, fazendo valer como um presente de casamento. Sempre serei grato pelo cuidado e boa vontade da Shirley. Veja o resultado:A escolha de uma cor diferente para apenas um dos lados da sala foi ideia da Marli, um capricho que só mulher mesmo pra ter. Como bom marido, não me restou nada além de concordar, apesar de não ter achado nada mal. E os quadros (pintados por minha esposa, o que é assunto de outra postagem) até que combinaram com o lilás "magia das fadas"... E, assim, o apartamento começou a ganhar estilo.

O novo branco que tivemos de jogar no gelo antigo e encardido exigiu algumas semanas, entre a pintura e a secagem. Nesse ponto, não havia condições de dormir no lugar, tamanha a intensidade do odor da tinta. Eu e Marli parecíamos dois retirantes, vindo para cá apenas para pintar, voltando para a casa de nossos pais depois do serviço. Fora algumas doses de massa corrida numa das paredes do quarto de hóspedes, não houve nenhuma outra dificuldade.
A faxina grossa ainda estava em constante requisição.

Gostaria de ter fotografado o apartamento do jeito que estava quando chegamos. Ele era mobiliado, os dois quartos continham guarda-roupas com camas embutidas. Poderíamos ter ficado com eles, não fosse o odor de mofo e o estrago na madeira, pela umidade. Desmontá-los foi um sufoco, desfazer deles custou uma grana de carreto, mas aquelas madeiras podres se foram para alguma fogueira em terreno baldio. E ainda deixou uma sujeira da grossa. Pensando bem... gostei de não ter fotografado!E ainda ganhamos dois pequenos armários, um deles, fica nesse quarto, cuja parte superior atolei de brinquedos e livros. O outro, deixamos na área de serviço. A cama de solteiro também foi de presente.
Perceba que o toque feminino domina a casa... =/

Bem, assim que o cheiro pungente da tinta branca dissipou-se em maior parte, decidimos morar de vez: compramos a cama e o colchão de casal, em questão de dois dias, por conta dos horários meio apertados na escola. Nem preciso mencionar quem escolheu os lençóis e fronhas...

Ufa! "O processo de pintura e faxina terminaram", pensamos, já no finalzinho de Março/2009. Mal sabíamos que o item reforma, por sua vez, daria o ar de sua graça por tantas e variadas vezes nos dias conseguintes...
Deixarei o relato para outra ocasião. Por isso, não perca, no próximo capítulo: o Inverno esturricador!

Sol


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